31 outubro 2006

De nada

Poderia falar sobre muitas coisas. Isso. Falar sobre tantas coisas que talvez nem tenha conhecimento, mas falar e falar são qualidades(ou defeitos) comuns a todos. Como o poeta é um fingidor, eu posso muito bem escrever tudo que eu quiser. Dedução não muito lógica, porque eu sou aprendiz de poeta e não uma poeta.......Que importa! Falo porque quero, faço porque quero, vivo assim, sou assim!Poderia falar sobre os animais que adoro, mas não vou falar.Poderia falar sobre os meus amigos(alguns), mas tb não vou falar.Poderia então falar sobre minha vida, mas meu EU já está em toda parte deste blog.Então, falar do quê e pra quê?Bem, falar sobre alguns temas corriqueiros e eternos...Pensei em me expressar de modo diferente hoje. Nem ia postar nada, mas uma música que ouvimos, já nos inspira a escrever...Pois bem, deixemos de conversa. Passo a descrever o que penso:

Imagino-me sentada em algum lugar lindo(na beira da praia ou de um riacho, de preferência) e lá ouço animais de todos os tamanhos e deixo meu pensamento correr.
Choro.
Nado.
Volto pra pedra onde estava sentada e espero que o dia acabe. Espero que aquele dia se estenda pelo menos em memória. Dia lindo. Horário de verão.
Ah, horário de verão! Tudo de bom!
Pego minha mochila e saio andando pela beira da água e relembro tudo de novo. Agora com mais intensidade.
Já está tarde, são 18 horas e eu querendo que venha logo o sol novamente para eu me acabar dentro daquela água gelada!
Amanhã será um novo dia e a música na cabeça: "Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez, eu sei! Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã...."
Esta música diz tudo!!!!
E no caminho encontro pessoas sorridentes demonstrando "felicidade" e pessoas com olhares tristes, rostos em um desalento sem fim. Sorrio para elas.
E elas não sabem de nada....

30 outubro 2006

Pra Tudo

Imagino-me sem sentido, sem percepçao alguma. Seria tão bom.....Seria mágico porque eu não sofreria.
Seria prazeroso porque eu tornaria uma criança. Sem preocupaçoes, sem neuras, sem sudorese, sem tristezas......

Alegrias, somente.
E se tivéssemos mesmo um zíper nos olhos? Hummmmmm............
Acho que não adiantaria muita coisa, nao.....Os ouvidos ficariam tao afinados que um zumbido avisaria tudo. Bastasse querer a informaçao.
Não tem jeito, o jeito é procurar a melhor alternativa.
E eu já sei........

26 outubro 2006

Pra quê??????

Foram 10 páginas do Word. DEZ páginas contendo de rssss a porrada! Uma loucura!!!!! Fora os tantos de palavrões e "elogios" inacabáveis! A maior conversa "amigável" que já tive!
Como começar uma discussão do "nada" :
se for tratar com uma pessoa complicada, muito complicada(pra não dizer tudo que esta pessoa é), comece dizendo algo que vcs tenham combinado que logo em seguida a pessoa te tratará mal-educadamente e daí em diante tudo se tornará uma verdadeira guerra, com direito a xingar a mãe e, de quebra, pedidos que vc morra, e no fim já terão marcado a luta com ringue e tudo mais!
Isso é sério!
É praticamente um laboratório tanto para atores profissionais quanto amadores, melhor para estes porque as cenas são chocantes e provocam reações imediatas na platéia.
As cenas são tão comoventes que os atores chegam a passar mal mesmo, de verdade!!!! Isso não é demais? Ah, se vc tb estiver querendo arrumar uma depressão instantânea(existe!) é só realizar este diálogo!
O script infelizmente não poderei deixar aki porque esta peça está cravada no coração, mas certamente vocês já passaram ou passarão por situações semelhantes na vida.
É fácil: arrumem alguém que seja altamente complicado(a) e façam o teste!
Já vou avisando: funciona!!!!!!

23 outubro 2006

Procura-se um amante

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente são essas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de:
insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, ou as mais diversas dores.
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Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Elas já esperam o diagnóstico de depressão e a inevitável receita do anti-depressivo do momento...
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Mas, após escuta-las atentamente, eu lhes digo que na verdade precisam é de um amante!
"Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!“ - pensam chocadas, escandalizadas.
Mas eu explico que amante é "aquilo que nos apaixona".
É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
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Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontra-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...
Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".
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E o que é "ir levando"?
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Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem,
é o se deixar dominar pela pressão,
perambular por consultórios médicos,
tomar remédios multicoloridos,
afastar-se do que é gratificante,
observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra,
é se aborrecer com o calor ou com o frio,
com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
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Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista da sua vida...
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
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"Para se estar satisfeito, ativo e sentir-se jovem, é preciso namorar a vida."
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(Dr. Jorge Bucay - tradução do original "Hay que buscarse un Amante")

18 outubro 2006

Pegadas na Lua - Skank

A parte que me cabe
Nesse peito seu
Novamente vai se lembrar
Sua boca era silêncio
A terra queria girar
A parte que me cabe
No teu sonho ateu
Novamente quer acreditar
Em universos infinitos
Sem nenhuma luz pra te cegar
A parte que me cabe
Nesse peito seu
Novamente vai respirar
Em lugares abafados
Onde ninguém vai passar
A parte que me cabe
Nesse espelho seu
Novamente vai desejar
O que parece inatingível
Mas faz o mundo melhorar
Eu sou uma força
Jorrando palavras
Pelos canos de vitrines e ruas
Por onde você vai trafegar
Eu sou essa força
Abrindo suas gavetas
Tirando palavras que podem
Até te contar
Eu tenho uma força
Que deixa pegadas na lua
Na esquina por onde
Você também vai levitar.


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Composição: Cirilo

13 outubro 2006

Dúvida

E pensar que eu estou triste....
Estou mesmo, sem motivos mas com motivo.
Se eu ouvir uma música romântica, eu choro.
Se eu ver cenas melancólicas nas novelas, eu choro.
Se eu reler minha agenda, eu choro.
Se eu ver algum casal na rua, eu choro.
Se eu ver alguma criança na rua, choro.
Se eu pegar meus álbuns de fotografias, choro.
Se eu lembrar de algumas conversas, eu choro.
Ai, que horrível isso! Não queria estar assim....Não mesmo!...
E isso não faz parte da minha sensibilidade poética(se é que eu tenho isso).
Isto faz parte de minha personalidade, que insiste em amar.
E amar não é pra qualquer um
pois há a necessidade de doação e até mesmo de abnegação
fazendo com que nos tornemos bobos.
É, às vezes pra ser feliz é necessário ser boba. Então acho que
ou não estou amando, ou tudo que falei não está nada certo...

10 outubro 2006

Nunca deixe de VIVER

Que beleza eu poder voltar a escrever aki e não ser impedida por absolutamente ninguém!
Hoje to muito bem e querendo escrever tudo que eu tiver vontade! Fazer o quê, né?
Não vou colocar gravuras/imagens, somente vou aproveitar pra colocar um texto ma-ra-vi-lho-so de Martha Medeiros. Êta mulher pra escrever bem! Tb vou deixar um link de um site muito lindo. Espero que vcs gostem.
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JÁ FUI DE ESCONDER O QUE SENTIA. E sofri com isso. Hoje não escondo nada do que sinto e penso, às vezes também sofro com isso, mas ao menos não compactuo mais com um tipo de silêncio nocivo: o silêncio que tortura o outro, que confunde, o silêncio a fim de manter o poder num relacionamento. Assisti ao filme ¿Mentiras sinceras¿ com uma pontinha de decepção. Os comentários haviam sido ótimos, porém a contenção inglesa do filme me irritou um pouco, mas, nos momentos finais, uma cena aparentemente simples redimiu minha frustração. Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para uma mulher o que ela sempre precisou ouvir. E eu pensei: como é fácil libertar uma pessoa de seus fantasmas e, libertando-a, abrir uma possibilidade de tê-la de volta, mais inteira. Falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus. E não é este tipo de nudez que nos atrai. Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente se sabe. Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados. Tão banal, não? E no entanto esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras. Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é ou foi importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente. A maioria das relações entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade. Podem-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentíssimas, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem alcançar a delicadeza de uma declaração genuína e libertadora: dar ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade. Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois. Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós e este "a nós" inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos "eu te perdôo", "eu te compreendo", "eu te aceito como és" e o nosso mais profundo "eu te amo" não o "eu te amo" dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o "eu te amo" que significa: "seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo". Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.

06 outubro 2006

Marisa Monte - o retorno ao blog!

Ainda lembro o que passou
Eu você em qualquer lugar
Dizendo "aonde você for eu vou"
E quando eu perguntei
Ouvi você dizer
Que eu era tudo o que você sempre quis
Mesmo triste eu estava feliz
E acabei acreditando em ilusões
Eu nem pensava em ter que esquecer você
Agora vem você dizer
"amor, eu errei com você e só assim pude entender,
que o grande mal que eu fizfoi a mim mesmo"
Vem você dizer"amor, eu não pude evitar"
E eu te dizendo"Liga o som e apaga a luz".