27 novembro 2006

EU

A estrada que me cabe deve ser mesmo esta
Onde todos se entrelaçam e até mesmo testa
O destino de suas mãos e a boca que serra
O afago do cão e o miado do gato
O cantarolar da araponga e o resto do prato.
.
A estrada é pedregosa mesmo assim eu caminho
Passo na ponte de espinho
Corro na relva de algodão
Vivo igual a um menino
Que só quer ter coração.
.
A origem do fim é aqui
Onde folhas só caem quando convém
Vidas vazias de flores
Olhos vazios de amores
De alguém meado por ti.
.
Para transitar nesta estrada
É preciso paciência
Vive quem está condenada
A ser fruto de toda descrença.
.
Seca-se a inocência
Murcha-se a pureza
Fecha-se a porta
Abre-se caminho
Numa ponte de tristeza
Que construimos sem carinho.
.
Infla o teu eu
Morre então o meu
Nesta lágrima contida
Sem pressa nesta vida
De tudo que se perdeu.
( H. S.)

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

pronto, já li todo esse seu blog.,., agora eu acho que eu ganhei o direito de espalhar o endereço pra todos, não é verdade??? akakakaka.,., tô brincando,.,., dá os parabéns para a H.S pela poesia, ficou das melhores que eu já li dela, até me surpreendi quando vi suas iniciais.,., akakaka

terça-feira, novembro 28, 2006 5:39:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olha, olha, aiaiaiaiaiaiaiaiaiai se vc espalhar o segredo!!! eu faço o sonho(aquele meu) se tornar real, hein? kakakakaka!
sinceramente prefiro a Foi Você, de H.S.
ela se inspira de vez em qdo e surpreende mesmo...
bj,

terça-feira, novembro 28, 2006 8:14:00 PM  

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