20 dezembro 2006

Não minha, mas...



Cartas e Tufões
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Cartas dispersadas nos ventos dos tufões
Levam longe os meus sonhos de gente
Cada riso seu que reflete o meu cantar
Já minguou num canto agudo e dormente
Tantos são os nomes que os homens inventaram
Pra chamar um terno coração ausente
Dentro dos meus passos que tão longe me levam
Mora a insegurança de quem a tudo é temente.
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Qual seria o porto mais seguro pros meus olhos?
Onde seria o aconchego mais simples pros meus pensamentos?
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Meus juramentos de ser seu
Não condizem com o que há de mais eu em mim
Mas a coragem de ser só, também abandonou meus dizeres
E agora só o que resta são seus olhos me dizendo um eterno sim.
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-Fica, fica só mais um pouco pra gente poder chorar a dois,
Pra eu poder te ver dormindo como qualquer flor de livro velho.
Fica só até sua amizade por mim se esgotar
Ou até meus olhos não conterem as lágrimas que você choraria
Se ainda pudesse chorar.
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O que aconteceu comigo no mundo dos seus versos simples?
O que aconteceu entre nós que tanto me desobstruiu?
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Desculpe, mas não posso,
Não posso chorar por mim.
Choraria por você e todo o seu sentimento desperdiçado
Desiludido num longínquo entardecer a dois.
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Cada volta dos nossos mundos
Faz em menos o que eu tinha de mais
Faz de nós dois uma coisa só sem perdão
Faz de dois seres um falso amar em paz.
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Desculpe...
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De alguém muito especial - Wagner Passos de Sousa Pinto

2 Comments:

Blogger Eu* said...

Poema triste e muito.Visto de um outro ângulo: um poema alegre e muito.

quarta-feira, dezembro 20, 2006 3:59:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

gosto muito dele.,., rssss

quarta-feira, dezembro 20, 2006 4:09:00 PM  

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